O ditado "o bater de asas de uma borboleta pode causar um furacão do outro lado do mundo" parece se aplicar ao agronegócio, especialmente no caso do café. Uma simples expectativa de chuva no Sudeste brasileiro pode fazer o preço do grão oscilar na Bolsa de Nova York.

Na região de Alta Floresta, em Rondônia, a ausência de chuvas no início do ano afetou a maturação do café, atrasando a colheita. Normalmente, em abril, os produtores já estariam no auge da colheita, mas as chuvas recentes atrasaram o processo, causando baixo rendimento em algumas lavouras e maturação irregular dos grãos.

A falta de água ideal durante o desenvolvimento da planta comprometeu o crescimento dos grãos, resultando em menor quantidade de café por pé. Segundo alguns produtores, o número de latões verdes necessários para encher uma saca de café chegou a 24, quando a média normal é de 17.

Diante desse cenário, muitos produtores decidiram adiar o início da colheita para o início de maio, esperando que os grãos amadureçam o suficiente para garantir um rendimento mais satisfatório.